Largura da cintura está mais associada à doença do coração do que sobrepeso

Não é novidade que o excesso de gordura corporal aumenta a chance de ter problemas como infarto e AVC. Mas um novo estudo publicado no periódico Menopause mostra que o local em que a banha é armazenada é um fator mais importante do que a obesidade geral para o risco de ter doença arterial coronária —que ocorre quando os vasos sanguíneos que irrigam o coração são obstruídos, o que pode levar a um ataque cardíaco. Na pesquisa, cientistas da Seoul National University (Coreia do Sul) descobriram que, em mulheres após a menopausa, ter uma cintura maior ou igual a 85 cm está mais associado à doença no coração do que o IMC (índice de massa corporal, que leva em conta apenas o peso e a altura da pessoa.

Como o estudo foi feito A pesquisa foi realizada com 659 mulheres com mais de 55 anos e que apresentavam dor no peito —o que leva a uma suspeita de doença coronária arterial. Entre essas voluntárias, 311 (47%) realmente tinham o problema cardíaco. Então, os cientistas descobriam que em mulheres com circunferência da cintura igual ou maior que 85 cm a prevalência da doença foi 14% maior. Como não houve diferença significativa entre o IMC das voluntárias com ou sem doença coronária arterial, o cientistas concluíram que o acúmulo de gordura no quadril e no abdome (obesidade central) é um fator de risco maior para o problema do que a obesidade geral.

 

Três táticas para reduzir a cintura e combater a obesidade central

1. Pratique HIIT (High Intensity Interval Training) Cientistas da Universidade Laval (Canadá) concluíram que pessoas que praticaram o treino intervalado de alta intensidade por 15 semanas perderam mais gordura corporal —e, consequentemente, a gordura acumulada no quadril e no abdome — do que o grupo que praticou um programa de exercícios de resistência (musculação) por 20 semanas. Além disso, uma revisão de estudos realizada por pesquisadores da UFG (Universidade Federal de Goiás) mostra que o HIIT “queima” 93% mais gordura por minuto do que um treino moderado e contínuo.

2. Inclua cereais integrais na dieta Nutricionistas da Universidade de Tufts (EUA) analisaram a dieta de 2.800 pessoas. Eles descobriram que os indivíduos que consumiam três ou mais porções de cereais integrais diariamente, como arroz e trigo, tinham 10% menos gordura visceral (comum na obesidade central, e que é mais perigos para o coração) do que aqueles que comiam apenas grãos refinados. Pode parecer uma diferença pequena, mas os benefícios à saúde já são enormes.

3. Coma mais abacate Embora seja uma fruta calórica, o alimento pode e deve fazer parte de uma alimentação saudável, inclusive de quem quer perder peso. O abacate é rico em gorduras boas que ajudam a diminuir a inflamação no organismo, fitoesterois e mais de 500 compostos fenólicos, substâncias químicas com ação antioxidante capazes de reduzir o colesterol e a gordura visceral.

 

Fonte: Vivabem, do UOL. Publicado em 31.08.2019