Silimarina: o que é, para que serve, benefícios e muito mais

Silimarina planta

Escrito por Farmacêutico Pedro Silveira CRF 84123

 

A silimarina é um extrato vegetal derivado das sementes da planta do cardo-mariano, também conhecido como silybum marianum.

Esse extrato tem sido utilizado por séculos para tratar uma variedade de problemas de saúde, especialmente relacionados ao fígado.

Hoje em dia, é comumente encontrado na forma de suplemento alimentar, sendo muito procurado por pessoas que buscam uma alternativa natural para a saúde do fígado.

Neste artigo, vamos falar mais sobre a silimarina, seus benefícios, indicações, modo de uso e possíveis efeitos colaterais.

Silimarina em pó

O que é silimarina?

A silimarina é um complexo bioativo composto de três flavonoides diferentes: silibina, silidianina e silicristina.

Esses compostos agem juntos para oferecer benefícios para a saúde do fígado e outros sistemas do corpo.

A silimarina pode ser encontrada em forma de comprimidos, cápsulas, pó e tintura, sendo mais comumente utilizada como suplemento alimentar.

Para que serve a silimarina?

A silimarina é mais conhecida por seus efeitos benéficos sobre a saúde do fígado.

Vários estudos mostraram que ela pode ajudar a prevenir danos no fígado causados por substâncias tóxicas, como o álcool, e até mesmo ajudar a regenerar o tecido hepático danificado.

Ela também é usada para tratar doenças hepáticas crônicas, como cirrose e hepatite.

Além disso, a silimarina pode oferecer benefícios para outros sistemas do corpo, incluindo o sistema imunológico e o sistema nervoso.

Benefícios da silimarina

A silimarina oferece vários benefícios para a saúde, principalmente relacionados ao fígado. Dentre eles, podemos destacar:

  1. Proteção do fígado: A silimarina ajuda a proteger o fígado contra danos causados por substâncias tóxicas, como álcool e drogas.
  2. Tratamento de doenças hepáticas: A silimarina pode ajudar a tratar doenças hepáticas crônicas, como cirrose e hepatite.
  3. Redução da inflamação: A silimarina possui propriedades anti-inflamatórias, que podem ajudar a reduzir a inflamação em todo o corpo.
  4. Estabilização dos níveis de açúcar no sangue: A silimarina pode ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue, o que é especialmente importante para pessoas com diabetes.
  5. Melhoria da saúde da pele: A silimarina pode ajudar a melhorar a saúde da pele, prevenindo o envelhecimento precoce e outras condições de pele, como a acne.

Indicações

A silimarina é amplamente utilizada para tratar uma série de problemas de saúde, incluindo:

  1. Doenças hepáticas: A silimarina é frequentemente recomendada como um tratamento complementar para doenças hepáticas, como a cirrose e a hepatite crônica. Ela ajuda a proteger o fígado dos efeitos prejudiciais de toxinas e de substâncias químicas nocivas.
  2. Problemas digestivos: A silimarina pode ajudar a aliviar problemas digestivos, como indigestão, diarreia, náuseas e vômitos. Ela ajuda a reduzir a inflamação do trato digestivo e melhora a função do fígado e da vesícula biliar.
  3. Diabetes: A silimarina pode ajudar a melhorar o controle do açúcar no sangue em pessoas com diabetes tipo 2. Ela pode ajudar a reduzir os níveis de açúcar no sangue e a aumentar a sensibilidade à insulina.
  4. Problemas de pele: A silimarina pode ajudar a melhorar a saúde da pele, prevenindo danos oxidativos e reduzindo a inflamação. Ela pode ser útil no tratamento de acne, eczema, psoríase e outras condições inflamatórias da pele.
  5. Prevenção do câncer: Estudos indicam que a silimarina pode ajudar a prevenir o câncer, graças às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Ela pode ajudar a reduzir o risco de câncer de mama, próstata e cólon.
  6. Outras condições: A silimarina também pode ser útil no tratamento de outras condições, incluindo artrite, asma, enxaquecas, hipertensão arterial e colesterol alto.

Silimarina ajuda fígado

Contra-indicações

A silimarina é geralmente bem tolerada, mas algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais leves, como náusea, dor abdominal e diarreia.

Em casos raros, a silimarina pode causar reações alérgicas, incluindo urticária e erupções cutâneas.

Pessoas com alergia a plantas da família Asteraceae/Compositae, como o girassol, margarida e camomila, devem evitar o uso de silimarina, pois pode haver risco de reações alérgicas.

Além disso, a silimarina pode interagir com alguns medicamentos, incluindo anticoagulantes, anti-inflamatórios, medicamentos para diabetes e alguns medicamentos psiquiátricos.

Por isso, é importante conversar com um médico ou farmacêutico antes de iniciar o uso de suplementos de silimarina.

Como tomar silimarina

A dosagem recomendada de silimarina pode variar dependendo do objetivo do tratamento, da idade, do peso e da saúde geral do indivíduo.

Em geral, a dose recomendada é de 200 a 600 mg por dia, divididos em duas ou três doses.

A silimarina pode ser encontrada em diferentes formas, como cápsulas, comprimidos, extratos líquidos e tinturas.

É importante seguir as instruções de dosagem na embalagem do produto ou as recomendações do médico ou farmacêutico.

Conclusão

A silimarina é um composto natural que tem sido amplamente estudado por seus possíveis benefícios para a saúde, especialmente no tratamento de problemas hepáticos e digestivos. Além disso, estudos recentes têm mostrado que a silimarina pode ter propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e anti-envelhecimento.

Embora a silimarina seja geralmente considerada segura e bem tolerada, é importante conversar com um médico ou farmacêutico antes de iniciar o uso de suplementos de silimarina, especialmente se você estiver tomando outros medicamentos ou tiver alguma condição de saúde.

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Fontes:

  1. National Center for Complementary and Integrative Health. Milk Thistle. Disponível em: https://www.nccih.nih.gov/health/milk-thistle
  2. Mayo Clinic. Milk Thistle. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/drugs-supplements-milk-thistle/art-20362885
  3. The Journal of Clinical and Experimental Hepatology. Silymarin and liver diseases: A systematic review. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6144601/