De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, entre todas as doenças que atingem o sistema urinário, o cálculo renal representa 30% dos casos. Em outras palavras, aproximadamente, 24 milhões de pessoas apresentam esse problema de saúde no Brasil. E, apesar desta condição afetar três vezes mais homens, as mulheres não estão livres de desenvolvê-la. Devido ao grande número de pacientes com este quadro, especialistas alertam tanto com relação as formas de tratamento como também, e principalmente, os métodos de prevenção existentes.
“Também conhecida como pedra no rim ou urolitíase, o cálculo renal se forma com a cristalização de sais minerais presentes na urina. […] As pedras são compostas, em sua maioria, por sais de cálcio. Porém, existem cálculos que se formam a partir de outras substâncias, como ácido úrico, estruvita e cistina e que não possuem relação com o cálcio”, explica o urologista Marcelo Esteves Chaves Campos, da Rede de Saúde MaterDei.
Ainda segundo o especialista, as possíveis causas do surgimento da pedra no rim são a predisposição genética, fatores ambientais como climas muito quentes e a prática de hábitos ruins, a exemplo do baixo ou elevado consumo de cálcio, ter uma dieta rica em sal ou em proteínas animais e ingerir pouca água. Desta forma, pacientes que apresentam algum desses indícios, passa a ter mais chances de desenvolver sintomas comuns do cálculo renal.
“Quando as pedras estão ‘estacionadas’ no rim, são imperceptíveis. Mas, quando começam a se deslocar seguindo o fluxo da urina, causam a incômoda e dolorosa cólica renal. Existem ainda outros sintomas associados ao cálculo renal, como vômitos, febre, dor para urinar, sangue na urina, mas o sintoma clássico é mesmo dor aguda, forte e intensa na região lombar, geralmente de um só lado das costas, que pode irradiar-se para a parte de baixo da barriga, virilhas e genitais”, esclarece o Instituto de Nefrologia de Bauru (INEB), no próprio site da instituição.
Chá de quebra-pedra: Tratamento caseiro para pedra no rim
Um remédio natural contra cálculo renal é o chá de quebra-pedra. Apesar de ter sido utilizada há centenas de anos pelo senso comum com esse objetivo, a bebida divide opiniões de médicos. Enquanto alguns especialistas afirmam que o que ajuda o sistema urinário é a água e não o chá em si, outros acreditam nas propriedades da erva para o tratamento efetivo.
“Resultados de pesquisas da Universidade Federal de São Paulo reconhecem a eficácia da Phyllanthus niruri, como é conhecida cientificamente a erva, na prevenção e eliminação de cálculos em pacientes litiásicos. O estudo realizou experimentos em ratos e concluiu que a substância presente na planta reduziu o crescimento de cálculos vesicais e inibiu a adesão e internalização de cristais de oxalato de cálcio, que muitas vezes se depositam nos rins e dão origem as pedras”, comenta o médico Hilário Antônio, especialista em endourologia avançada, em uma publicação no Instagram.
Segundo Antônio, a pesquisa feita pela universidade também mostra que a erva não é tóxica e que devido a propriedade de relaxamento da musculatura lisa da uretra, o chá facilita a excreção das pedras. Contudo, o medico lembra que este tratamento não deve ser feito sem o acompanhamento de um especialista. “Apesar dos benefícios do chá de quebra-pedra, é sempre importante procurar a ajuda de um profissional para um diagnóstico correto da doença e o tratamento eficaz. A ingestão excessiva e desordenada de ervas com propriedades medicinais pode gerar problemas em vez de ajudar”, completa.
Como prevenir urolitíase?
Mesmo que haja formas de tratamento para pedra no rim, a melhor forma de cuidar da saúde é buscando a prevenção deste problema de saúde. “Manter hábitos que aumentam o fluxo urinário, como a ingestão contínua de água e sucos naturais (preferencialmente sucos cíttricos) é crucial para evitar a formação dos cálculos urinários. Também é importante estabelecer hábitos alimentares específicos, como a diminuição da ingestão de sal e de alimentos ricos em proteína animal e o consumo balanceado de leite e derivados”, finaliza o urologista Marcelo Esteves.
Fonte : Site Remédio Caseiro